sábado, 10 de janeiro de 2009

Com emoção!

Pois com emoção é muito mais legal!!

Terminei minha dissertação de mestrado nessa semana. Agora é apresentar (final do mês) e correr pro abraço! :) Mas antes de entregar a dita cuja eu passei uma prova de fogo que até Indiana Jones iria ficar orgulhoso! Na noite de 4a para 5a feira, meu último dia de revisão da belezura, eu virei a noite na UnB passando mal. Não bastasse ter que me "espichar" em 3 cadeiras na minha sala pra descansar, eu tb tive que aguentar uma revolução francesa que se instalou do nada em mim durante a madrugada! Mal consegui cochilar. Fora, é claro, as muriçocas-modelo-híbrido-helicóptero que me azucrinavam com seu famoso ziiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... Mereço. Aí pela manhã minhas costas não mais aguentavam ficar sentada e eu tava quase chutando o balde de dor na lombar e fome (claro, meu breakfast no laboratório, em plena época de férias foi um maravilhoso e apetitoso nada com ácaros). Na hora do almoço meu pai resolveu fazer uma visita surpresa e me levou pra almoçar. A comida estava ótima mas pena que eu nem consegui comer muito. Tava meio zureta ainda. Aí à tarde eu finalmente terminei a maledita e mandei imprimir. Eu crente que ia imprimir, encadernar, distribruir pros membros da banca (um deles é em Santa Catarina) e go home. Mas nãaao... meu orientador me manda um email avisando que era pra eu esperá-lo mais um pouco pois ele iria à tarde no laboratório para dar uma última olhada na dita cuja. Imprimi uma versão e fiquei esperando meu orientador chegar pra dar o ok. Eu, já desesperada não sabendo o que fazer com minhas costas, ficava contando os minutos. Uma hora e meia depois me chega ele, folhei rapidamente e fala que tá bom. Rá. Lá me vou correndo encadernar uma das cópias pra mandar pra SC enquanto as outras cópias imprimiam. O primeiro quiosque de encadernação? Fechado. Massa. (Férias são uma desgrama, nada funciona) O segundo quiosque, depois de muitos minutos de caminhada, estava aberto. Ufa. Encadernei e fui rumo aos Correios. No meio do caminho percebi umas nuvens cinzas siniiiiiistras se aglomerando no céu. Tudo bem, deve dar tempo, pensei com meus botões. Faltando 20 passos para chegar aos Correios os pingos (e que pingos!) começam a cair. Certo, cheguei sã e salva com minha dissertação sequinha. Ufa de novo. Entro na fila, preencho o envelope, pago a encomenda. Tudo certo. Próximo da fila? Ah, you wish! Na hora que ele pisou no guichê... tcharã... acabou a luz. Nossa, dei muita sorte. Foi gol de gaveta chutando de canhota! Só que nem tudo são flores. Pelo contrário, tudo virou água. Muita água. Muuuuuuita água! Sério. Água pra burro (foi capa do jornal no dia seguinte pra vc ter idéia). E eu que tinha saído do laboratório sem casaco (por incrével que pariça estava um tempo lindo quando saí de lá), sem guarda-chuvas (eu nem tenho um!), sem celular (muito desapego)... fiquei 150% ilhada na agência dos Correios. E no escuro. Uhu. Delícia. Nessa hora eu acho que minhas costas já tinham até desistido de me avisar que estavam cansadas e doendo. Depois de uma hora presa lá e analisando os prós e contras de simplesmente começar a andar na chuva até meu laboratório pra poder ir pra casa logo, percebi que eram 17h e pessoas começavam a pegar seus carros pra ir embora. Sem que ninguém se compadecesse com minha situação, resolvi dar uma de cara-de-pau e pedir carona pra um carro da UnB que ali estava parado esperando alguém. O motorista ficou meio desconfiado em me dar carona mas uma senhora que estava no passageiro insistiu que tava tudo bem e que me deixariam no meu laboratório (que era bem pertinho dali mas na atual situação de chuva estava impossível de ir sem um caiaque). Santa mulher. :) Cheguei no meu laboratório um pouquinho enxarcada só e resolvi me empacotar pra ir embora. Ainda fiquei conversando um tanto com meu orientador e meus amigos do laboratório enquanto a chuva não diminuía. Umas 18h e qq coisa eu consigo ir pra casa ainda tendo que fazer um pitstop no posto de gasolina pra abastecer minha moto que estava se movimento só no cheiro da gasolina no tanque. Felizmente deu tudo certo no final e eu tirei uma tarefa e tanto das costas (escrever monografia, dissertação, tese e afins é sempre um parto difícil!). Escrevi esse post inteiro num parágrafo só pq foi justamente do jeito que aconteceu! Sem gaps! Sacou? Com emoção! :P


Então, agora dá pra me concentrar melhor nas providências da Alemanha. Que não é pouca coisa não. Mas vou deixar pra um próximo post pq esse me cansou só de lembrar.

Té!

Um comentário:

Patrícia Brandi disse...

Rá!
Nanda, você devia ser escritora!!!! Este post tá muito engraçaco. Mas se pensando que isto realmente foi verdade, poor you.
Achei super-hiper-ultra legal que o pai fez a surpresa!

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